Ceratocone
Ceratocone
OBS: Informação elaborada para a população geral, visando educar de forma clara o paciente e sua família. Para maiores esclarecimentos, procure seu oftalmologista. Estaremos à sua disposição! Nada substitui uma conversa “olho no olho”!!
Ceratocone
Ceratocone é uma doença de caráter genético, que cursa com afinamento e aumento da curvatura progressivos da córnea. Trata-se de uma condição que acomete os dois olhos, com frequente apresentação assimétrica, podendo um dos olhos ter um visão praticamente normal, enquanto o outro pode ter baixa visão severa.
Tem relação importante, e aceita de forma unânime entre a classe médica, com o prurido ocular, o hábito de coçar os olhos.
Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens, geralmente a partir da segunda década de vida, sendo mais agressivo e com maior possibilidade de progressão, com graves prejuízos visuais nos mais jovens. Depois do diagnóstico, pode-se observar progressão e então estabilidade da doença num período estimado de 10 anos. O fato é que com o envelhecimento do paciente, a córnea sofre um processo de maturidade progressiva e por volta dos 35 anos, são incomuns os casos de piora. Há ainda aqueles casos que não avançam e são descobertos numa avaliação mais detalhada, como num pré-operatório de cirurgia refrativa (cirurgia para correção de ametropias, o grau, para não usar mais óculos.)
A incidência (casos novos) e a prevalência (total de casos) têm crescido nos últimos anos, e devemos chamar atenção para a presença crescente de tecnologia no diagnóstico, o que facilitou a identificação de casos iniciais e até mesmo subclínicos, corroborando com a melhor documentação dos mesmos.
A clássica apresentação do ceratocone é a história de uma paciente atópico (alérgico), com história de rinite e conjuntivite alérgica, prurido ocular frequente e que está mudando os óculos com frequência, pois o grau está sempre variando, e em alguns , mesmo com os óculos “novos”, a visão já não é satisfatória.
O diagnóstico parte de uma suspeita clínica, inicialmente. O paciente passa por um exame oftalmológico de rotina e são procurados sinais clínicos que sugiram a presença da doença.
Entretanto, em casos muito iniciais, esses achados não são evidentes, sendo mais facilmente percebidos nos casos avançados, onde estrias podem ser percebidas na córnea, aspecto “bicudo” do olho quando observado no perfil ou ao olhar para baixo, cicatrizes e reflexo em tesoura à esquiascopia (etapa da investigação). Os exames complementares vem para ajudar a detalhar o quadro para melhor definição e planejamento estratégico do tratamento e reabilitação visual, se forem necessários.
Exames como a topografia e paquimetria ultrassônica da córnea, são comumente solicitados nessa fase inicial, onde buscamos as medidas de curvaturas, o aspecto do astigmatismo na superfície anterior da córnea, além da espessura do tecido. Os tomógrafos de córnea ( alguns representantes no mercado: Pentacam e Galilei, por exemplo) nos oferecem um detalhamento ainda maior da situação, além de informações preciosas baseadas em índices de inteligência artificial, para identificar casos suspeitos, e os subclínicos, que não tiveram ainda suas apresentações declaradas, além de altamente sensível, nos fornecem ainda recursos importantes para o seguimento da progressão e para o planejamento cirúrgico dos casos.
Então, uma vez que chegamos ao diagnóstico, o que fazer??!! Quais seriam as opções de tratamento? Todos os casos precisam ser tratados?
Posso afirmar que, com certeza, TODOS OS CASOS PRECISAM SER ORIENTADOS!!! A educação de um paciente com ceratocone, bem como de sua família, é fundamental. Os casos são muito individualizados e são diversos os aspectos a serem considerados na escolha do melhor plano de tratamento. Sim, plano de tratamento, porque o caminho envolve, além da educação, o seguimento, a procura por sinais de progressão, a escolha do melhor recurso para obtermos a melhor acuidade visual possível, sejam os óculos, lentes de contato, e quando esses não conseguem oferecer uma melhora, decidir o próximos passo.
Se ficar comprovada a progressão do ceratocone, vamos buscar um tratamento para segurar esse avanço, parar a progressão. Considerando as particularidades de cada caso, seria uma possível indicação de CROSSLINKING CORNEANO.
Na situação onde não é a progressão que nos chama a atenção, e sim a necessidade de remodelamento da córnea, para reabilitação visual, nos pacientes onde os óculos não conseguem mais oferecer uma visão satisfatória e as lentes de contato não são uma opção ou o paciente não as tolera, consideramos os IMPLANTES DE ANEL CORNEANO.
Por fim, naqueles casos onde o ceratocone é muito avançado, os óculos não adiatam mais, as lentes de contatos não são toleradas, e pela falta de critérios, o anel não pode ser mais implantado, pela grande curvatura, presença de cicatrizes do eixo visual ou espessura insuficiente para a o implante dos mesmos, o TRANSPLANTE DE CÓRNEA pode ser o tratamento de escolha.
Dra. Daniela Sampaio.
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