Crosslinking Corneano
Crosslinking Corneano
O crosslinking corneano é um tratamento cirúrgico, pouco invasivo, mas não isento de riscos, que tem o objetivo de bloquear a evolução do ceratocone, por meio do enrijecimento da córnea. Promove o desenvolvimento de novas ligações covalentes entre as fibras de colágeno da córnea, através de um mecanismo conhecido como fotopolimerização.
Foi desenvolvido nos anos 1990, na Universidade de Dresden, Alemanha, com a liderança do Dr. Teo Seiler. Na córnea, com o avanço da idade do indivíduo, naturalmente as fibras de colágeno desenvolvem quantidade superior de ligações covalentes, o que explica a estabilização do ceratocone em paciente com maior idade.
A técnica clássica do crosslinking é realizada com a remoção do epitélio da córnea, (cerca de 7mm de diâmetro), mediante anestesia tópica. Utiliza solução de riboflavina isotônica a 0,1% (vitamina B2), com administração tópica, a cada cinco minutos, ao longo de meia hora, para saturar o estroma corneal. A riboflavina age como um fotossensibilizador, aumentando a absorção da luz ultravioleta pela córnea. A radiação ultravioleta é aplicada por 30 minutos. Após a tratamento, o olho é irrigado com solução salina fisiológica, aplicados colírios antibiótico e anti-inflamatório e colocada lente de contato terapêutica, que funciona como um curativo. Não é um procedimento doloroso e cursa com rápida recuperação, na grande maioria dos casos. No período de pós-operatório, o paciente pode ter certo desconforto, lacrimejamento e embaçamento visual.
Atualmente, existem variações da técnica clássica, em geral, por meio de equipamentos que possibilitam a redução do tempo do procedimento, como o Fast Crosslinkig, amplamente utilizado e que já demonstrou sua eficiência em comparação com a técnica clássica. Sendo a Riboflavia, o fotossensibilizador e a irradiação com ultra-violeta também utilizada. Além das variações epi-on e epi-off, onde o epitélio da córnea poderia ser removido ou não.
Alguns critérios precisam ser estabelecidos para a realização do CXL. A idade ao diagnóstico, a progressão do ceratocone documentada, espessura e curvatura da córnea limites para o procedimento, garantindo a segurança do tratamento, além da acuidade visual.
Muitos pacientes questionam por que operar, se a visão é boa?? Justamente por isso! Porque a visão é boa e para preservá-la, pelo menos com lentes de contato, se a acuidade visual com óculos já não for a melhor e a doença estiver avançando. E os riscos? Bem, o risco de evolução para a necessidade de um transplante de córnea são maiores do que os riscos inerentes ao tratamento de CXL, em muitas situações.
Dra. Daniela Sampaio
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